quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mensagens esculturais


Fazendo uma análise paralela entre as condições da época e o surgimento das esculturas românicas, nota-se que em algumas comunidades monásticas, nem a pintura nem a escultura eram vistas com bons olhos, esse aspecto era presente nos monastérios mais hostis a qualquer tipo de decoração, porém, é nos restantes das construções que se observa específicas esculturas desse estilo.




Geralmente o espaço onde se podia observar as esculturas resumia-se aos portais de acesso, capitéis, que consiste na extremidade superior de uma coluna e os púpitos. O elemento mais característico da escultura pode ser considerado o portal, em forma de retangulo com um semicirculo por cima, junto a essa estrutura é comum se ter a visão do Cristo entronizado fixado em um tímpano, um painél de pedra, além do destaque na figura do cristo crucificado, esculpir o crucifixo era frequente na arte românica.
Outra característica é a escultua no tímpano que se localiza na parte interna da igreja, sempre com a presença do Cristo e em sua parte inferior, representando o embate entre o bem e o mal, a figura de animais em ações de luta
Observamos dentro das esculturas a característica tão marcante que se enquadra também na pintura românica, o apego a mensagem que se quer passar, destacando as narrativas bíblicas e sem compromisso com um ambiente de elegância. Observando uma citação de Flavio Conti à respeito das esculturas românicas podemos vislumbrar essa essência do estilo: "Podemos apontar o total desaparecimento de qualquer tentativa para rodear os personagens de ambientes, deformações mais ou menos marcadas, transposições simbólicas e as misturas entre os aspectos reais e os aspectos fantásticos são a norma"

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